Talvez você esteja aqui porque um nome finalmente foi dado àquela sensação persistente de remar contra a maré: TDAH. Anos se perguntando por que tarefas simples pareciam montanhas, por que o foco escapava como areia entre os dedos, por que a organização parecia um idioma estrangeiro.

Aquele “clique” do diagnóstico pode trazer um alívio avassalador. “Então não era preguiça? Não era falta de vontade? Não era um defeito meu?” As peças de um quebra-cabeça de uma vida inteira começam a se encaixar, explicando frustrações, desafios em relacionamentos, dificuldades na carreira e aquela autocrítica implacável que te acompanhou por tanto tempo.

Mas o alívio vem acompanhado de um turbilhão. A raiva por não ter sido compreendido(a) antes. A tristeza pelas oportunidades que parecem ter escapado. A ansiedade sobre o futuro: “Ok, eu tenho TDAH. Mas o que eu faço AGORA? Como eu começo a organizar essa ‘nova’ vida, que na verdade sempre foi a minha?”

Essa jornada de redescoberta pode parecer solitária. Explicar para os outros (e até para si mesmo) o que significa ter TDAH na fase adulta é um desafio. Você não está sozinho(a) nessa busca por clareza e direção. Entender como seu cérebro funciona é a chave não apenas para lidar com os desafios, mas para desbloquear potênciais que talvez você nem soubesse que tinha. A boa notícia? Existe um manual para esses primeiros passos, e ele está mais perto do que você imagina.